segunda-feira, 30 de maio de 2011

Eliezer Setton participa do "X Fórum do Forró" em Aracaju

X Fórum do Forró homenageia Zé Dantas e Josa, "o vaqueiro do sertão".
Eliezer Setton é um dos palestrantes da reunião.



O forrozeiro Eliezer Setton estará presente no "X Fórum do Forró" evento que dá início à programação dos festejos juninos na capital sergipana. O Fórum é uma realização da Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte – Funcaju .


O evento acontece desde 2001 e, como afirma Paulo Corrêa, produtor e idealizador do Fórum do Forró, tem o objetivo de servir de espaço para reflexão e divulgação da cultura nordestina. "O forró é uma manifestação musical recorrente em todo o nordeste brasileiro. É uma atividade cultural que está em constante movimento e é importante que prestemos uma atenção especial a essa tradição", defende.


Este ano, o Fórum acontece no Centro de Convenções de Sergipe nos dias 1º, 2 e 3 de junho e os homenageados serão o pernambucano Zé Dantas, grande parceiro de Luiz Gonzaga e o sergipano Josa, "o vaqueiro do sertão", que completou 82 anos em março.


O público do X Fórum do Forró de Aracaju terá a oportunidade de participar de debates, palestras e exibição de vídeos sobre a temática, além de assistir a diversas apresentações musicais.Com dez anos de existência, o evento já se consolidou como um dos maiores espaços de discussão sobre cultura popular do país. Eliezer Setton será um dos palestrantes no terceiro dia do Fórum, discorrendo sobre o tema “Para onde vai o forró? – Os novos rumos da música nordestina”, junto a Expedito Leandro (professor da Universidade de Santo Amaro/SP e autor do livro ‘Forró no Asfalto’).



Fonte: Funcaju


Confira a programação do X Fórum do Forró acessando o link abaixo:



domingo, 29 de maio de 2011

O Quelso e eu - um artigo de Ricardo Mota




Ricardo Mota



O Quelso e eu

Confesso que não carrego comigo a convicção de que “agora vai”, uma marca do Eliezer Setton a cada novo projeto ou trabalho. É de um otimismo quase que infanto-juvenil, uma vitalidade que só os eternamente meninos de alma haverão de carregar.
E ele nos chega, periodicamente, com seu delicioso e talentoso trabalho de forrozeiro-mor das Alagoas. O Galego, como eu o chamo, aprendeu a fazer a Música Popular Nordestina com todos os jeitos e trejeitos próprios, cheia de malícia, humor e provocação. Gosto de ouvi-lo, seja pela sua voz mesma, seja pelo canto rasgado de Elba Ramalho, ou de outros grandes da MPB – como ele -, a exemplo de Gilberto Gil, que já incorporou o nosso Setton ao seu repertório.
“Agora vai!”, repete, ao som de “ O quelso”, seu mais recente CD. Uma delícia, do começo ao fim. E o começo não é pouco: um soneto estranho, antigo, quase surreal, de autor desconhecido que se tornou ilustre com a nova parceria.
E eu tenho um certo orgulho do Galego. Não sou o pai da criança, mas ajudei a embalá-la. Ele tinha passado uns anos lá pras bandas do Rio de Janeiro, aí pelas décadas de 1980 e 1990, e quando voltou ao seu chão, disse que havia se envolvido com escolas de samba e gente da noite, construindo a sua carreira de artista.
Chegou a gravar, no Rio, uma fita em estúdio – o que não era fácil na época -, com um jeitão Cauby de ser. Bem entendido: vozeirão esticando as notas para delírio do público. Não era a praia em que ele iria se banhar com a mesma ginga do centroavante “gomeiro” que eu conheci (hoje seria marrento), e que viria a exibir nos palcos da vida. O forró de qualidade já o cutucava, e ele nem aí.
Um dia, há quase 20 anos, ele me chamou para ver uma apresentação “simples”, que iria fazer na antiga Salgema, numa sexta-feira, na hora do almoço dos trabalhadores. Fui e não me arrependi. O Galego deu um show, mostrando xotes, baiões e assemelhados, que trazia no seu “matulão”, de volta para o seu aconchego. Uma maravilha!
“É isso!” Disse-lhe com entusiasmo. Pela primeira vez – e talvez a única – fiz mais zoada do que ele ao falar sobre o seu trabalho musical. Daí em diante, Setton assumiu uma definitiva nordestinidade, que hoje o Brasil todo conhece. Seus discos, feitos com muito esmero, trazem sempre um glossário de “nordestinês” e o indefectível e luxuoso auxílio de Tião Marcolino (êita caba bom da peste!). Ignorado ou esnobado por tantos nestas bandas de cá – inclusive dos meios de comunicação – , ele vai rasgando estrada pelos sertões do Brasil.
Ainda recentemente, no programa do Rolando Boldrin – “Senhor Brasil”, TV Cultura, domingo, às 10h -, botou a plateia no bolso e deixou o apresentador embevecido. Terminou na Virada Paulista, o maior evento artístico da capital de São Paulo.
Mas não lhe nego, também, algumas queixas. Como diria seu Luiz Mota, o Setton “foi vacinado com agulha de vitrola”: é uma máquina de falar, com direito ao moto-contínuo. E quem há de desligá-la?
Certa noite, por volta das 21h, o Galego me ligou. Falou sem parar sobre músicas, projetos, tudo com sofreguidão, entusiasmo e sem pausa – para não dar chance de manifestação sonora ao interlocutor. Perto da meia-noite, pedi para desligar – teria de me acordar às 5h, no dia seguinte.
- A que horas você chega em casa pra almoçar?
- Ao meio-dia e meia, mais ou menos.
Foi caçapa. Ao voltar do trabalho, abro a porta do apartamento e o telefone toca.
- Alô?
- Como eu ia dizendo …
- Pô, Galego!!
Em tempo: ”O quelso” pode ser encontrado no Museu Théo Brandão. No encarte do CD tem a definição da palavra “settônica” que o bat
iza.


(Artigo publicado no blog "Tudo nas Hora.com.br")

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eliezer Setton na festa do Cine Sesi


Eliezer Setton é atração nas comemorações de aniversário do Cine Sesi

Aberto ao público em 02 de junho de 2006, o Cine Sesi estabeleceu-se como patrimônio cultural e afetivo da cidade, além de ser referência para os amantes da sétima arte que buscam o que há de melhor na produção cinematográfica.

Para comemorar seus cinco anos de existência, o Cine Sesi preparou, para o seu público, uma maratona cultural envolvendo exibição de filmes, debates culturais e shows.

Os festejos começarão no dia 27/05 com a exibição do documentário "O milagre de Santa Luzia" e na sequência, show com Eliezer Setton.



CURIOSIDADES SOBRE O CINE SESI:



Abertura - 02 de junho de 2006
Primeiro filme exibido: Paradise Now
Público aproximado em cinco anos - 112 mil pagantes
Filmes exibidos - aproximadamente 800 filmes
Maior público – Piaf, Um Hino ao Amor, com quatro mil espectadores em 70 dias de exibição
Maior público em uma única sessão - O Amor no Tempo de Cólera, com 246 pagantes
Eventos com maior lotação – Corujões com Selton Mello e Zé do Caixão (ambos com duas noites
)

Confira a programação dos filmes e shows acessando o link abaixo

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"O Quelso" veio à luz na garoa paulistana














Eliezer Setton lança o tão esperado disco, "O Quelso", na garoa paulistana, em plena Virada Cultural 2011, evento que teve a participação do forrozeiro alagoaníssimo. A obra é dedicada "ao paraibano Orlando Tejo e sua 'príncipa' alagoana Josymar (in memoriam) e ao sergipano Ismar Barreto (ad aeternum) nobres exemplares da inteligência nordestina, trambos apaixonados pela absurdície zélimeriana" , diz Eliezer Setton no encarte do CD.
Conheça particularidades de "O Quelso" na Wikipédia, clicando no link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Quelso

Numa das faixas do CD, Eliezer Setton diz e prova que "Farinha é de Mandioca". Ouça a música a seguir:





Agora, ouçamos "A uma deusa" (O Quelso), a canção que intitula o disco: