De sua lavra, podemos colher mais de 200 músicas, 8 CDs e um novo disco no prelo.
terça-feira, 30 de março de 2010
Algo a respeito do artista
De sua lavra, podemos colher mais de 200 músicas, 8 CDs e um novo disco no prelo.
Os festivais
Começou a compor em 1976 e no ano seguinte participou do seu primeiro festival de música, o que resultou em sua primeira música gravada (Desesperança) e lhe proporcionou o ingresso no já existente Grupo Terra, grupo musical que é um marco da cultura alagoana do final dos anos 70 e início dos 80. O Terra tinha repertório próprio, sendo a maioria das composições de autoria dos componentes do grupo, e deixou seu registro fonográfico em três LPs de festivais e num LP solo pela Bandeirantes Discos, de São Paulo.
Em 1983, depois de distinguir-se no IV Festival Universitário de Música, promovido pelo DCE /UFAL, conquistando o 2º e 3º lugares como compositor, além do prêmio de melhor intérprete, aventurou-se como músico da noite atuando em Maceió, São Paulo (1984) e Rio de Janeiro (1985-1989), fazendo o tradicional voz e violão.
De novo em Maceió, continuou sua trajetória de festivais, culminando com as participações no Canta Nordeste (transmitido ao vivo pela Rede Globo de Televisão para toda a Região), onde foi finalista em 94 e 95 com Serra Pau e Quem dera que sêsse, respectivamente.
O forrozeiro
A opção pelo forró
No dia 11 de agosto de 1995, no Circo Pirueta armado na pista de aeromodelismo da Praça Sinimbu, em Maceió, abrindo a primeira (e única) Mostra de Inverno de Música, no que seria seu primeiro espetáculo solo à frente de uma banda, o compositor convenceu o intérprete a trilhar também o caminho do forró.
O primeiro CD
O segundo CD
Em 1998, o segundo disco: Das coisas da minha terra. É mantida a opção forrozeira. Destaque para a faixa-título pela intertextualidade folclórica; também para Maragogi pela beleza vigorosa do arranjo de metais que emoldura o baião; e pro xote romântico D’estar que veio a ser outro sucesso na voz de Santanna o Cantador, pra depois ressurgir, em 2009, na voz de Elba Ramalho, como a segunda música de Eliezer Setton a ser gravada por ela.
O terceiro CD
Ventos do Nordeste
Em 2000 é a vez de Ventos do Nordeste. Feito em casa, pode ser a denominação que resuma o que é o trabalho. O violão do próprio autor-intérprete estreia em disco e cerra fileira com sanfona, violino, violoncelo, flauta e percussão para produzir um acústico. O trabalho foi abraçado pela gravadora Rob Digital (RJ) e lançado para todo o Brasil. Vários são os destaques: Eu sou o forró e Só quero quem me quer que entraram na trilha do filme Anjos do Sol, vencedor de 6 kikitos, inclusive o de melhor filme, em Gramado 2006, sendo que Eu sou o forró já colocara seu autor numa coletânea brasileira da Sony Music da França, em 2003, ao lado de Baden Powell, Tom Jobim, Chico Buarque, João Bosco e Milton Nascimento; Natal Nordestino, pela reinvenção do natal; e Não há quem não morra de amores pelo meu lugar que veio a ser a página de Alagoas na Agenda 2009 da CEF, com tiragem de 330 mil exemplares, e o conceito temático escolhido pelo SEBRAE/AL para a 15ª ARTNOR (Feira de artesanato do Norte e Nordeste), em janeiro de 2010.
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O quarto CD
Em 2003, Oração do Forró. Também produzido em Maceió, este CD traz a mistura dos perfis dos três que o antecederam. Se nos dois primeiros a formação de banda recebeu cordas e metais, respectivamente, e no terceiro imperou o acústico, neste quarto trabalho teve espaço pra um pouco de tudo. E haja destaque: Na Hora H, parceria com Oswaldinho que Elba tinha gravado em 1992; Cabeça com bóbi X Barriga crescida que o Mastruz consagrou em 1995; Terço de Separação que havia sido gravada por Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro; e Um Coco para Jacinto, uma homenagem a Jacinto Silva, alagoano de Palmeira dos Índios, um dos pilares da música nordestina.
Homenagens
(textro extraído do encarte do disco)
"Um coco para Jacinto é dedicado a Jacinto Silva (Sebastião Jacinto da Silva - Palmeira dos Índios-AL 13/08/1933 - Caruaru-PE 19/02/2001), um dos pilares da Música Popular Brasileira Nordestina (MPBN); Pastoril de sempre, é uma compilação de jornadas que eu dedico à memória de minha mãe, Terezinha, mestra do pastoril do Rás Gonguila, à minha tia Olga e a todo o Grupo Folclórico da 3 Idade do SESC-AL; e a professora Maria José Carrascosa."
O quinto CD
O carnaval alagoano de Eliezer Setton
Em 200Em 2004, o forrozeiro se permitiu a realização de um projeto há muito acalentado e produziu O Carnaval Alagoano de Eliezer Setton. O CD que nasceu pra ser um apêndice, findou por ocupar seu lugar como disco de carreira e acenou para um leque de possibilidades para o intérprete. Clássicos do carnaval de Alagoas juntaram-se às inéditas A Terra é azul, onde o autor-intérprete exalta o CSA, seu time do coração, e Eu sou o CRB, onde ele exercita seu altruísmo para cantar o arqui-rival. Para coroar o repertório, sucessos perenes do cancioneiro alagoano ganharam versões carnavalescas, assim como os hinos oficiais de Alagoas e de Maceió também caíram no frevo.ção de um projeto há muito acalentado e produziu O Carnaval Alagoano de Eliezer Setton. O CD que nasceu pra ser um apêndice, findou por ocupar seu lugar como disco de carreira e acenou para um leque de possibilidades para o intérprete. Clássicos do carnaval de Alagoas juntaram-se às inéditas A Terra é azul, onde o autor-intérprete exalta o CSA, seu time do coração, e Eu sou o CRB, onde ele exercita seu altruísmo para cantar o arqui-rival. Para coroar o repertório, sucessos perenes do cancioneiro alagoano ganharam versões carnavalescas, assim como os hinos oficiais de Alagoas e de Maceió também caíram no frevo.
O sexto CD (cesteiro que faz um sexto, faz um cento)
Em 2005 o forrozeiro volta à cena em Amores do meu forró. Pela primeira vez, um CD 100% autoral. Em compensação, traz três convidados ilustres: Alcymar Monteiro, em Carga Dividida; e Luiz Vieira e Rildo Hora, em Liberdade no Alçapão. Destaque também para Bem-vindo a Caruaru, uma exaltação do alagoano à Capital do Forró.
De onde é que vem o Baião? Vem debaixo do barro do chão.(Gilberto Gil)
segunda-feira, 29 de março de 2010
O sétimo CD
Em 2009, depois de um intervalo de três anos sem lançar disco novo, o forrozeiro que investira no frevo em 2004, amplia o leque de gêneros quando aceita a convocação dos hinos e canções patrióticas e grava Brasil - Hinos à paisana. Tal projeto tem sua origem na boa receptividade do público pra sua interpretação, primeiro do Hino de Alagoas e depois, do Hino Nacional Brasileiro. Numa auto-pesquisa feita nas lembranças, definiu o repertório de dez dos mais representativos hinos do nosso cancioneiro cívico. Destaque para a introdução cantada no Hino Nacional e para a variação rítmica no Hino da Independência. Ressalte-se que os hinos foram gravados com acompanhamento de música popular, o que suscitou a expressão à paisana para sugerir a ausência da banda marcial, tradicional nesse tipo de registro fonográfico.
Algo a respeito do todo
(Texto ezxtraído do encarte do disco)
Histórica e tradicionalmente de cunho marcial, os hinos nasceram a partir dos dobrados que embalavam as mrchas militres nas campanhas de guerra.
Dito desta maneira, nem parece que estamos falando de canções.
É de se esperar que a brava gente brasileira, que ouviu o brado retumbante sob as asas da liberdde, encerre afeto no peito juvenil e seja da Pátria a guarda, por mais terras que percorra como filhos altivos nos ares e nos verdes mares de norte a sul, ao tremular do pendão que ninguém manchará.
É mais ou menos na forma desssa colagem que indentificamos fragmentos de nossos hinos.
Parto de mim pra ilustrar minhas tese. Desde os dez anos que eu canto e toco violão. Aos 19, comecei a compor. Mas só no ano 2000, já aos 43 anos, eu pude me deleitar cantando o Hino de Alagoas, num momento cuja reverberação apadrinha este projeto. Dalí, entoar o Hino Nacional, também ao violão, apesar da progressão natural, pareceu-me a conquista do Pico da Neblina. Era como tomar posse dos hinos. Era a concretização literal do domínio público. Quebrava-se a regra. Acentuava-se o encanto.
Assim, munido de espírito revitalizador e longe de querer despir os hinos de suas fardas epiteliais, apresento-os em trajes informais para que possam integrar o cancioneiro popular e transitar os espaços poético-musicais, exibindo a mesmas desenvoltura com que permeiam nossas lembranças.
Vamos nos permitir o contato amiúde com eles, desfrutá-los e reconhecê-los, inclusive à paisana.
O oitavo CD
Navegando em Arriba Sururu, tomei gosto em falar Das coisas da minhas terra e aportei em Maragogi. Com Ponta de lápis rabisquei Minha Sereia. Dei à luz o Hino de Maceió, de Moliterno e Trigueiros, sem abrir mão da clássica Maceió, do mineiro Lourival Passos, nossa logomarca sonora eternizada pelo Rei do Baião.
O viçoso Folclore Alagoano dança o coco na Biá-tá-tá, de Hekel e Altavila, e nos amarra com os cordões do Pastoril de sempre.
É o encanto de nosso estado, com sua Capital Americana da Cultura, que se traduz na Canção do turista.
Hino de Alagoas -
"Mas só no ano de 2000, já aos 43 anos, eu pude me deleitar cantando o Hino de Alagoas, num momento cuja reverberação apadrinha este projeto."
(Fragmento do texto assinado por Eliezer Setton, no encarte do disco "Brasil - Hinos à paisana".)