segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Biografia de Eliezer Setton

foto 1ELIEZER SETTON Nascido em Maceió, em 21/01/1957, filho de Salomão Setton Neto, que foi Rei Momo do carnaval de Maceió por 19 anos consecutivos, e de Terezinha Otílio Setton, é cantor, compositor, forrozeiro, economista, comendador e cantador de hinos.


Os festivais

Começou a compor em 1976 e no ano seguinte participou do seu primeiro festival de música, o que resultou em sua primeira música gravada (Desesperança) e lhe proporcionou o ingresso no já existente Grupo Terra, grupo musical que é um marco da cultura alagoana do final dos anos 70 e início dos 80. O Terra tinha repertório próprio, sendo a maioria das composições de autoria dos componentes do grupo, e deixou seu registro fonográfico em três LPs de festivais e num LP solo pela Bandeirantes Discos, de São Paulo.

Em 1983, depois de distinguir-se no IV Festival Universitário de Música, promovido pelo DCE /UFAL, conquistando o 2º e 3º lugares como compositor, além do prêmio de melhor intérprete, aventurou-se como músico da noite atuando em Maceió, São Paulo (1984) e Rio de Janeiro (1985-1989), fazendo o tradicional voz e violão.

De novo em Maceió, continuou sua trajetória de festivais, culminando com as participações no Canta Nordeste (transmitido ao vivo pela Rede Globo de Televisão para toda a Região), onde foi finalista em 94 e 95 com Serra Pau e Quem dera que sêsse, respectivamente.

O forrozeiro

Compositor eclético, é na música nordestina que vem colhendo os melhores frutos. Da parceria com Pedro Sertanejo (pai de Oswaldinho do Acordeon) surgiu Campo Formoso, o primeiro forró com sanfona e tudo, gravado pelo próprio Eliezer, num disco do próprio Pedro, em 1982. Da parceria com Oswaldinho, nasceu, entre outras, Na Hora H, música que Elba Ramalho gravou em 1992 e foi indicada para o VI Prêmio SHARP. O casamento com o FORRÓ estava sacramentado e o compositor passou a ser gravado pelos intérpretes do cancioneiro nordestino.

A opção forró

No dia 11 de agosto de 1995, no Circo Pirueta armado na pista de aeromodelismo da Praça Sinimbu, em Maceió, abrindo a primeira (e única) Mostra de Inverno de Música, no que seria seu primeiro espetáculo solo à frente de uma banda, o compositor convenceu o intérprete a trilhar também o caminho do forró.

O primeiro CD

DISCO - CIO DO GRÃO - 600 DPI

Em junho de 1996, vinte anos depois da primeira composição, surgiu Cio do Grão, o primeiro disco da carreira do forrozeiro. O CD foi lançado pela SOMZOOM, a gravadora cearense que revolucionou o mercado do forró com a banda Mastruz com Leite. Neste disco destacamos: Asa Partida que foi regravada pela banda Brucelose e por Leci Brandão; Bote Tempo que se tornou sucesso no Nordeste na voz de Santanna o Cantador; e Noite de Lua, uma homenagem a Luiz Gonzaga.

O segundo CD

DISCO - DAS COISAS DA MINHA TERRA - 600DPI

Em 1998, o segundo disco: Das coisas da minha terra. É mantida a opção forrozeira. Destaque para a faixa-título pela intertextualidade folclórica; também para Maragogi pela beleza vigorosa do arranjo de metais que emoldura o baião; e pro xote romântico D’estar que veio a ser outro sucesso na voz de Santanna o Cantador, pra depois ressurgir, em 2009, na voz de Elba Ramalho, como a segunda música de Eliezer Setton a ser gravada por ela.

O terceiro CD

DISCO - VENTOS DO NORDESTE - 600 DPI

Em 2000 é a vez de Ventos do Nordeste. Feito em casa, pode ser a denominação que resuma o que é o trabalho. O violão do próprio autor-intérprete estreia em disco e cerra fileira com sanfona, violino, violoncelo, flauta e percussão para produzir um acústico. O trabalho foi abraçado pela gravadora Rob Digital (RJ) e lançado para todo o Brasil. Vários são os destaques: Eu sou o forró e Só quero quem me quer que entraram na trilha do filme Anjos do Sol, vencedor de 6 kikitos, inclusive o de melhor filme, em Gramado 2006, sendo que Eu sou o forró já colocara seu autor numa coletânea brasileira da Sony Music da França, em 2003, ao lado de Baden Powell, Tom Jobim, Chico Buarque, João Bosco e Milton Nascimento; Natal Nordestino, pela reinvenção do natal; e Não há quem não morra de amores pelo meu lugar que veio a ser a página de Alagoas na Agenda 2009 da CEF, com tiragem de 330 mil exemplares, e o conceito temático escolhido pelo SEBRAE/AL para a 15ª ARTNOR (Feira de artesanato do Norte e Nordeste), em janeiro de 2010.

O quarto CD

DISCO - ORAÇÃO DO FORRÓ - 600DPI

Em 2003, Oração do Forró. Também produzido em Maceió, este CD traz a mistura dos perfis dos três que o antecederam. Se nos dois primeiros a formação de banda recebeu cordas e metais, respectivamente, e no terceiro imperou o acústico, neste quarto trabalho teve espaço pra um pouco de tudo. E haja destaque: Na Hora H, parceria com Oswaldinho que Elba tinha gravado em 1992; Cabeça com bóbi X Barriga crescida que o Mastruz consagrou em 1995; Terço de Separação que havia sido gravada por Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro; e Um Coco para Jacinto, uma homenagem a Jacinto Silva, alagoano de Palmeira dos Índios, um dos pilares da música nordestina.

O quinto CD

DISCO - O CARNAVAL ALAGOANO DE ELIEZER SETTON - 600 DPI

Em 2004, o forrozeiro se permitiu a realização de um projeto há muito acalentado e produziu O Carnaval Alagoano de Eliezer Setton. O CD que nasceu pra ser um apêndice, findou por ocupar seu lugar como disco de carreira e acenou para um leque de possibilidades para o intérprete. Clássicos do carnaval de Alagoas juntaram-se às inéditas A Terra é azul, onde o autor-intérprete exalta o CSA, seu time do coração, e Eu sou o CRB, onde ele exercita seu altruísmo para cantar o arqui-rival. Para coroar o repertório, sucessos perenes do cancioneiro alagoano ganharam versões carnavalescas, assim como os hinos oficiais de Alagoas e de Maceió também caíram no frevo.

O sexto CD (Cesteiro que faz um cesto faz um cento)

DISCO - AMORES DO MEU FORRÓ

Em 2005 o forrozeiro volta à cena em Amores do meu forró. Pela primeira vez, um CD 100% autoral. Em compensação, traz três convidados ilustres: Alcymar Monteiro, em Carga Dividida; e Luiz Vieira e Rildo Hora, em Liberdade no Alçapão. Destaque também para Bem-vindo a Caruaru, uma exaltação do alagoano à Capital do Forró.

O sétimo CD

DISCO - Brasil - Hinos à paisana - 600 DPI

Em 2009, depois de um intervalo de três anos sem lançar disco novo, o forrozeiro que investira no frevo em 2004, amplia o leque de gêneros quando aceita a convocação dos hinos e canções patrióticas e grava Brasil - Hinos à paisana. Tal projeto tem sua origem na boa receptividade do público pra sua interpretação, primeiro do Hino de Alagoas e depois, do Hino Nacional Brasileiro. Numa auto-pesquisa feita nas lembranças, definiu o repertório de dez dos mais representativos hinos do nosso cancioneiro cívico. Destaque para a introdução cantada no Hino Nacional e para a variação rítmica no Hino da Independência. Ressalte-se que os hinos foram gravados com acompanhamento de música popular, o que suscitou a expressão à paisana para sugerir a ausência da banda marcial, tradicional nesse tipo de registro fonográfico.

O oitavo CD

alagoanissimo

Em 2010, o Alagoaníssimo. Além cumprir o papel de uma coletânea onde o artista interpreta músicas que cantam Alagoas (tanto suas, como de outrem), o CD presta-se a abrigar três fonogramas avulsos: “Canção do turista,”” onde Maceió é decantada pelos que nos visitam; “”Hino de Maceió, em contraponto à sua própria versão carnavalesca; e o Hino de Alagoas, em sua versão original, que foi a grande responsável pela incursão do artista no repertório cívico. As faixas da coletânea,propriamente dita, foram extraídas dos respectivos CDs do artista.
O nono CD

Mais Forró – Um novo CD de forró – O Quelso – chega para reafirmar que o cantador de hinos, frevos e marchas não abre mão de seguir abraçando a MPBN (denominação sua para o forró). Uma Deusa, soneto de autor desconhecido, ganhou melodia e abre o disco que traz também uma versão forrozeira pra My Way e a inédita Farinha é de Mandioca que tem todos os ingredientes para ser incluída no “cardápio nacional”.




Em 2010, Gilberto Gil lança o CD "Fé-na-Festa" onde canta "Maria minha", música inédita de Eliezer Setton, em parceria com Targino Gondim.


Estréia Nacional – Aos 54 anos (é de janeiro de 1957), com um currículo construído a partir de Maceió das Alagoas, tendo seu nome e sua obra lampejos de visibilidade regional, nacional e até internacional, o forrozeiro entende que sua aparição no programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin na TV Cultura de São Paulo, que foi ao ar em 02 e 05 de dezembro de 2010, assume ares de estréia nacional, tal a receptividade da platéia, do apresentador e do retorno que teve através de telefonemas e e-mails oriundos dos mais diversos locais do País. (Acesse no youtube, em quatro partes, Eliezer Setton no Sr. Brasil)

2 comentários:

  1. Eliezer,

    Espero que se lembre de mim. Nos encontramos em Canudos, dia 08/10, e neste momento eu passo a te seguir. Falei com Maviael sobre vc ir ao I Encontro de Cantadores do Pelô (Salvador, 12 a 15/11), mas ele me disse que já estava tudo fechado. Realmente estava em cima! Como faço pra te mandar aquelas fotos que fiz lá em Canudos?Faça contato! Abraços! Pinzoh

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  2. assisti sua apresentação no Sr. Brasil e gostei muito. Parabéns.
    Queria saber se posso postar algumas coisas sobre seu trabalho no meu blog.
    O nome dele é MPirate, mas a minha pirataria é cultural, gosto de divulgar trabalhos regionais como o seu. Fico no aguardo do seu aval.
    abs

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